Évora aplica taxa turística diária às dormidas já a partir de 1 de agosto

A Taxa Municipal Turística começa a ser cobrada pela Câmara Municipal de Évora já a partir de 1 de agosto, no valor de 1,5 euros por hóspede e por noite nos estabelecimentos hoteleiros do concelho.

Com esta medida o Município estima uma receita anual mínima de 600 mil euros e o município está a preparar as plataformas informáticas necessárias para o registo.

O presidente da câmara, Carlos Pinto de Sá, garante que as receita permite “reforçar os investimentos em áreas como limpeza urbana, promoção turística e conservação de monumentos”.

A taxa será aplicada a hóspedes com mais de 16 anos, até um máximo de três noites consecutivas, estando previstas algumas isenções, como para portadores de deficiência, estudantes do concelho e visitantes em tratamentos médicos.

O município retomou a discussão sobre a taxa turística em 2024, após ter suspendido o processo em junho de 2020, devido à pandemia de Covid-19. A decisão surge num contexto de crescimento do turismo em Évora, que registou 694.895 dormidas em 2023.

Fraudes nos pagamentos na rubrica da DECO

As fraudes nos pagamentos mantêm-se no topo das preocupações dos consumidores. A DECO retoma as suas propostas para melhor proteção do consumidor e para um superior enquadramento de prevenção de fraudes e burlas.

Numa altura em que algumas soluções de mercado parecem ir no sentido das propostas da DECO, esta entidade reforça aquela medida que defende como a que deve ser implementada transversalmente:

Marcação de referências multibanco e IBANs fraudulentos – em ambos os casos, deve ser criada uma lista ou base de dados de IBANs ou referências multibanco utilizados em fraudes, com um registo centralizado – com base em denúncias e reclamações efetuadas pelos utilizadores e especialmente se houver incidências recorrentes com o mesmo IBAN.

Com esta implementação, deve haver um sistema de alertas – de cada vez que haja um pedido de transferência para um IBAN ou referência constante da base de dados ou lista acima referida, a instituição de pagamentos suspende a operação e contacta o utilizador informando-o. Solicita, então, a confirmação se o utilizador pretende mesmo avançar com a operação. Se o utilizador decidir avançar, a operação pode ser efetuada.

O ónus da prova de que foi efetuada esta confirmação deve estar do lado do Prestador de Serviços de Pagamentos (PSP).

Monitorização de transações padrão – Implementação de monitorização de transações e alertas em caso de desvio do padrão – alguns PSPs implementaram a monitorização de transações dos clientes, com o devido cumprimento de proteção de dados e sigilo, estabelecendo um padrão de movimentos. Caso haja movimentos fora do padrão – pelo montante, pelo horário, ou tipo de transação – existem alertas para contactar o cliente e confirmar se está efetivamente a fazer essa operação. Essa monitorização pode recorrer a ferramentas como a inteligência artificial ou outras.

A monitorização deve ser aplicada também quanto a formas de conexão, seguindo o IP ou o IMEI habitual. EM caso de conexão em IP ou aparelho móvel diferente do habitual, acionar um alerta e contactar o cliente para confirmar.

Adicionalmente, desde o dia 19 de maio que é obrigatório apresentar a identificação do beneficiário final do envio de fundos em pagamentos através de referências multibanco e débitos diretos. No caso das referências, essa informação deve ser disponibilizada ao pagador em momento anterior ao envio dos fundos, e nos débitos diretos aquando da autorização do débito em conta. Em ambos os casos, deve também constar da consulta e do extrato de movimentos da conta.

Tudo para saber sobre o assunto na edição desta semana da rubrica da DECO, com Helena Guerra, do Gabinete de Projetos e Inovação da Associação para a Defesa do Consumidor. Para ouvir no podcast abaixo: