
A 15ª edição da Festa dos Contos – Festival da Palavra está de volta a Montemor-o-Novo nos dias 15, 16 e 17 de Maio, este ano com a temática “Quantos ‘eus` existem em mim?”
O Cineteatro Curvo Semedo e a Biblioteca Municipal são os principais palcos desta festa que junta a comunidade montemorense a vários artistas: escritores, performers, músicos, contadores de histórias e pensadores em torno da diversidade da palavra e das vozes interiores que nos constroem.
Uma Festa onde a palavra cantada, a palavra falada, a palavra narrada, a palavra dita ou até a palavra omitida, multiplica-se nas suas várias vertentes e nesta edição ganha especial destaque enquanto veículo de expressão artística dos vários “eus” que habitam em nós.
A Festa dos Contos – Festival da Palavra convida públicos de todas as idades e famílias a mergulhar no universo das histórias, da poesia, do teatro e da música, oferecendo uma programação variada com performances, poesia, sessões de contos, concertos, teatro, spoken word, conversas, exposições e formações acreditadas.
A Festa conta com a presença do narrador espanhol Carles García Domingo, que nos traz um espectáculo em torno do vinho, convidando a plateia para um brinde coletivo; terá a participação da poeta/performer Maria Caetanos Vilalobos, do pioneiro contador António Fontinha, do ator Pedro Giestas, do músico Nuno Cintrão, e contempla ainda a companhia de teatro ACERT, além do já tradicional espetáculo-percurso em “Romaria” que envolve vários elementos da comunidade.
Esta edição destaca no dia 17 (sábado) a celebração do 10º aniversário do espectáculo de Carlos Marques, Levantei-me do Chão – 10 anos, que será apresentado este ano em versão masterizada, no mesmo dia em que será feito o lançamento do livro Pela Lente – textos para teatro em torno da obra de José Saramago de Carlos Marques, Miguel Castro Caldas e Jorge Palinhos, apresentado por Rui Pina Coelho, numa parceria entre a Nova Mymosa e a Trimagisto Edições.
Segundo Carlos Marques, diretor do festival, “o Festival da Palavra tem vindo a afirmar-se na região e no panorama cultural nacional, ao mesmo tempo que fortaleceu o elo de ligação entre as várias comunidades. Protege o património, a memória e potencia a valorização identitária. A festa é, talvez, o evento local mais inclusivo. Abrange muita gente diferente. Oscila precisamente entre o popular e o contemporâneo. E, nesse vai e vem, as pessoas vão ficando connosco.” O diretor artístico afirma ainda que a Festa dos Contos “é um espaço lúdico, onde cada espetáculo é único, cada palavra tem peso, cada silêncio é cheio de significado e este ano celebramos e refletimos sobre a importância do eu, do outro e do amor em tempos individualistas.”