A 41ª edição da Ovibeja abriu portas, na manhã desta quarta-feira, 30 de abril, no Parque de Feiras e Exposições Manuel Castro e Brito, na presença do ministro da Agricultura, José Manuel Fernandes.

Lembrando a pandemia, as guerras e até o apagão da passada segunda-feira, o governante começou por dizer aos jornalistas que agricultura é sinónimo de “segurança alimentar, de comida no prato”. “Agricultura é também defesa e, face a apagões, é também energia e autonomia e os nossos agricultores têm sido espetaculares”, assegura.

Na agricultura, o setor mais afetado pelo apagão foi o do leite, “pela necessidade do frio”, adianta o ministro, que alerta para a importância do país se preparar para fenómenos com este. “Temos de ter seguros que respondam, porque depois parece que a culpa não é de ninguém e as pessoas é que ficam com o prejuízo e não há forma de as ressarcir”, acrescenta.  

Fazendo críticas ao anterior Governo, que diz ter tentado “desmantelar o Ministério da Agricultura”, José Manuel Fernandes garante que tudo está a ser feito para que a agricultura seja um setor “estratégico e estruturante” para o país. Quando questionado sobre o facto de Espanha estar a beneficiar das águas do Alqueva, sem a devida compensação ao Estado Português, o ministro lembra os acordos feitos entre os dois países: “a situação que foi feita, em termos dos acordos, foi benéfica para Portugal, mas a nossa relação terá de ser sempre de confiança, mas também de monitorização”.

Já Rui Garrido, presidente da Associação de Agricultores do Sul (ACOS), entidade responsável pela organização do evento, diz só era escusada a chuva nestes dias de feira. “Este ano, tivemos muita água e a Ovibeja precisava de mais um bocadinho de calor”, começa por dizer. “Temos de lidar com isso, mas as pessoas que venham, que não tenham medo da chuva. É uma feira agrícola, mas que é feita para as pessoas, para as famílias”, diz ainda, apelando à “ajuda do São Pedro”.

Para o presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo, José Manuel Santos, a Ovibeja é uma “marca, um grande ativo do Alentejo”. “É uma grande feira agrícola, mas é também uma feira de público, que promove muito o Alentejo em todo o país. Desse ponto de vista, é o evento com maior número de visitantes da região e, para o turismo, é um momento muito relevante”, assegura.

A 41ª edição da Ovibeja é este ano dedicada ao tema “+AGRICULTURA +FUTURO”. O evento estende-se até domingo, dia 4 de maio, com muitos motivos de atração: colóquios, exposições, demonstrações de máquinas e equipamentos agrícolas, provas equestres, concursos de ovinos e suínos, demonstrações com cães, restaurantes, bares e quiosques, produtos agroalimentares de excelência – como o queijo, o vinho, os enchidos, a doçaria, o pão e o mel – e o artesanato.

Como tem vindo a ser hábito, a Ovibeja apresenta também espetáculos com artistas de renome: desta vez, sobem a palco Bárbara Bandeira, Bandidos do Cante, Slow J e Miguel Araújo.

Ciclo de Conferências dia 30 de Maio no Arquivo Municipal de Montemor-o-Novo

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