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Mercado Domingueiro na Área Protegida do Freixo do Meio dia 23 de fevereiro

Na freguesia de Foros de Vale de Figueira, concelho de Montemor-o-Novo existe a Área Protegida do Freixo do Meio.

Manter uma economia, a capacidade de gerar postos de trabalho e manter alimento soberano são alguns dos objetivos, e onde o principal produto base é a bolota.

Com o objetivo de aproximar os residentes mais próximos, da sua Área Protegida, são organizadas as quartas-feiras especiais, as Quartas-Freixo e os Mercados Domingueiros,  ao longo das quatro estações do ano.

Alfredo Sendim da Área Protegida do Freixo do Meio, referiu á RNA, que “os mercados domingueiros trata-se de um mercado que nós convidamos uma série de outros agricultores, por isso não é só a nossa oferta alimentar, mas são vários produtores que se juntam para num domingo poder oferecer alimentos, não comida processada, mas alimentos que são cada vez mais difíceis de encontrar no mercado”.

Estas iniciativas são abertas “a qualquer cidadão queira passar um pouco do domingo aqui connosco. O grande objetivo é mesmo um mercado, uma troca, uma partilha direta de comida, claro que, sendo um domingo, nós também gostamos muito de partilhar aqui a Área Protegida do Freixo do Meio, inclusive todos os valores que temos estado a trabalhar aqui, por isso há sempre visitas, quer na área da antropologia e de toda a história do nosso território, nós temos também dois centros de interpretação que nos apoiam nessas visitas, e temos sempre outros temas, como por exemplo plantas silvestres comestíveis, com Fernanda Botelho, por isso, no fundo, o nosso convite é para vir ao mercado, comprarem comida, falarem sobre comida mas também conhecerem melhor um bocadinho a nossa região”, acrescentou.

“Temos sempre uma oferta gastronómica, uma grande refeição popular para as pessoas, temos uma cafetaria e temos uma variedade muito grande também de outros produtos mais ligados com a nossa cultura, como o artesanato, como a lã, por exemplo, como coisas em madeira, como o artesanato em cortiça, e por isso, no fundo é um encontro aqui no mundo rural, no campo, para não estarmos só a usar os nossos dias festivos nos centros comerciais e em zonas de valores mais urbanos. Temos também este ano o apoio da SEMEA, a nossa Estratégia Alimentar, do concelho, isso também nos reforça todo este trabalho porque passamos a estar de alguma maneira englobados na Estratégia de Alimentação mais ligada com os nossos recursos e com a nossa soberania alimentar”, salientou.

Alfredo Sendim, salientou que trabalham “essencialmente para os residentes do concelho de Montemor-o-Novo, mas como se trata da única área protegida do distrito de Évora, qualquer pessoa é muito bem-vinda”.

O mercado domingueiro, de dia 23 de fevereiro vai contar com muitos vendedores e várias atividades.

Alfredo Sendim, saliente que “a partir das 09.00 horas, nós vamos ter muitos vendedores, como digo, de alimentos locais e de algum artesanato, aqui na Herdade. Temos logo uma receção com uma cafeteria, por isso as pessoas podem vir dar um passeio, conhecer melhor a herdade, podem fazer de alguma maneira uma visita autoguiada aqui no centro do Freixo e está tudo preparado para receber as pessoas e para as acolher. Depois do mercado, para além da cafeteria que está em permanência, há uma refeição normalmente por volta do meio-dia. Ainda durante a manhã vamos ter uma demonstração de um valor que nos é muito querido que são os cães-pastores, a utilização de cães para nos ajudarem neste trabalho fundamental e magnífico que é a produção animal. Por isso, as pessoas que gostarem de ver os cães a trabalhar vão poder fazê-lo gratuitamente aqui no Freixo, já é uma coisa que nós fazemos há muitos anos e que temos sempre muito gosto em juntar aqui uns amigos com vários cães e fazer umas pequenas demonstrações do trabalho dos cães sobre as ovelhas. Depois, ao mesmo tempo, há uma visita do professor Manuel Calado sobre megalitismo e, no fundo, sobre as origens e os primeiros povoamentos na nossa região e temos também a Fernanda Botelho com o tema das plantas silvestres comestíveis. São duas visitas que saem às 10.00 horase que duram essencialmente duas horas”.

“À tarde vamos ter um momento muito importante, vamos inaugurar o Centro de Interpretação do Megalitismo Alentejano que temos aqui instalado no Freixo. Uma exposição que é verdadeiramente uma peça única, diria eu, no mundo porque o professor Manuel Calado desenvolveu aqui uma exposição sobre toda a arte megalítica em todo o planeta, por isso temos 360 figuras representadas sobre pedra que estão aqui expostas, cronologicamente, e é verdadeiramente uma surpresa, mas um painel maravilhoso de informação que estão todos convidados a assistir”, rematou.

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