Nos dias 1 e 2 de novembro, o XXX Seminário Ser Bebé, organizado pela Associação de Profissionais de Educação de Infância (APEI) em parceria com a Câmara Municipal de Cascais, reúne no Colégio Senhora da Boa Nova, Estoril, especialistas de renome mundial para discutir as mais recentes abordagens pedagógicas na educação de crianças até aos três anos.
Com foco na inovação e nas melhores práticas educativas, o evento, que será também transmitido e participado online, conta com representação da Câmara Municipal de Coruche, parceira do programa pioneiro Sparkle, implementado no Agrupamento de Escolas de Coruche sob coordenação do investigador Miguel Borges.
Coruche é, aliás, o único município da Lezíria do Tejo a integrar o Sparkle, projeto inovador que aproxima as práticas pedagógicas da ciência da leitura e promove o sucesso e a felicidade na aprendizagem.
Amanhã, dia 1 de novembro, tem lugar na Universidade de Évora a habitual sessão solene que marca o início do ano letivo.
À semelhança de anos anteriores, têm lugar os tradicionais discursos da Reitora, do Presidente do Conselho Geral, da Presidente da Associação Académica e representante do Funcionário Não Docente, cabendo este ano à Professora Doutora Cesaltina Pires a Lição inaugural, intitulada “Análise de decisão – ajudar a tomada de decisão em problemas complexos”.
Durante a sessão terá lugar ainda a entrega de distinções e a imposição das insígnias doutorais aos mais recentes doutores, estando a sessão de encerramento a cargo do Ministro da Educação, Ciência e Inovação, Fernando Alexandre. Após o encerramento da cerimónia, que termina com o Cortejo Académico, é tempo para a atuação de Grupos Académicos no Claustro do Colégio do Espírito Santo.
As comemorações prolongam-se durante o dia, com o lançamento e apresentação da publicação comemorativa dos 50 anos do Instituto Universitário de Évora “50 anos memórias” e lançamento de nova App IN-UÉ, na Sala das Bellas Artes, terminando o dia com um concerto pela Orquestra da Universidade de Évora, no Auditório Christopher Bochmann, Colégio Mateus D`Aranda, pelas 17h30.
A Universidade de Évora foi a segunda universidade a ser fundada em Portugal. Metrópole eclesiástica e residência temporária da Corte, Évora surgiu desde logo como a cidade mais indicada. Ainda que a ideia original de criação da segunda universidade do Reino tenha pertencido a D. João III, coube ao Cardeal D. Henrique a sua concretização.
Interessado nas questões de ensino, começou por fundar o Colégio do Espírito Santo, confiando-o à então recentemente fundada Companhia de Jesus. Ainda as obras do edifício decorriam e já o Cardeal solicitava de Roma a transformação do Colégio em Universidade plena. Com a anuência do Papa Paulo IV, expressa na bula Cum a nobis de abril de 1559, foi criada a nova Universidade, com direito a lecionar todas as matérias, exceto Medicina, Direito Civil e a parte contenciosa do Direito Canónico.
A Associação Eborae Mvsica realiza, em novembro e dezembro, o XX Ciclo de Concertos “Música no Inverno”, no Convento dos Remédios, Av. de S. Sebastião, em Évora. Este Ciclo de Concertos é um ciclo que privilegia compositores contemporâneos portugueses dos séculos XX e XXI. O mesmo inicia-se a 8 de novembro, às 21h30, com um recital de Piano, por Duarte Pereira Martins, onde constarão obras de Fernando Lopes Graça, Fryderyck Chopin, Béla Bártok e Alexander Scriabin.
No dia 10, domingo, pelas 18h00, terá lugar “Cantares da Alma Portuguesa”, recital de canto e piano, por Sandra Medeiros e Francisco Sassetti. O recital apresenta uma seleção de canções dos mais representativos compositores da musica erudita portuguesa do séc. XX tais como Croner de Vasconcelos, Frederico de Freitas, Luís de Freitas Branco, Ivo Cruz, Lopes Graça, Joly Braga Santos, Viana da Motta, Francisco de Lacerda e Eurico Carrapatoso escritas sob a inspiração do Cancioneiro Popular e das palavras de renomados poetas e escritores como Luís de Camões, António Nobre, Afonso Lopes Vieira, Fernando Pessoa, Rodrigues Lobo, Florbela Espanca, João de Deus, Almeida Garret e Guerra Junqueiro. O Ciclo “Música no Inverno” termina dia 19 de dezembro, com “Cantigas de Santa Maria”, pelos Os Músicos do Tejo, às 18h00.
A presidente da Câmara de Arraiolos, Sílvia Pinto, assinou, no passado dia 25 de outubro, o Contrato-Promessa Compra e Venda, referende à aquisição da Tapada de S. Joaquim, em Arraiolos, para a construção de um loteamento habitacional.
Esta medida está inserida na contínua ação municipal para que, no concelho de Arraiolos, existam condições de construção de habitação a custos mais acessíveis.
“Este é um passo para ajudar ao desenvolvimento social e económico do concelho, bem como para combater a desertificação e o despovoamento, contribuindo para a fixação de população, dando resposta às dificuldades existentes no acesso à habitação”, referiu Sílvia Pinto, no final deste ato.
A Câmara Municipal tem em curso a elaboração da Carta Municipal de Habitação, desenvolveu a Estratégia Local de Habitação no âmbito do 1.º Direito, existindo também, no município, o “Programa Municipal de Apoio à Reabilitação de Habitações Degradadas para Estratos Sociais Desfavorecidos”.
A Comissão Europeia (CE) tem vindo a sensibilizar, através da campanha #PlantHealth4Life, os turistas para que não tragam, das suas viagens a países de fora da União Europeia (UE), plantas exóticas.
Um simples bolbo, folha ou semente podem trazer consigo pragas que podem ser bastante invasoras, afetando as plantas locais, levando à devastação de culturas agrícolas e ao desequilíbrio dos próprios ecossistemas naturais.Isto, por sua vez, para além de uma possível perda de alimentos, vai obrigar a um custo mais elevado no controlo fitossanitário.
Esta campanha, que em Portugal está a ser coordenada pela Direção-Geral de Alimentação e Veterinária, é o tema em destaque, esta semana, no programa “Espaço Europa”, com Ana Pereira, do Europe Direct Alto Alentejo. Para ouvir no podcast abaixo:
Esta quinta-feira, 31 de outubro, a animação musical do segundo dia da 23ª Mostra Gastronómica de Arraiolos, do 15º Festival da Empada de Arraiolos e da Feira do Tapete de Arraiolos vai estar a cargo da Banda DFB – Diana Ferreira Banda.
A abertura do Arraiolos Multiusos é feita ao meio-dia, sendo que, pelas 13 horas haverá animação musical com “Moda para todo o gosto”. Segue-se uma demonstração da confeção da Empada de Arraiolos, às 15 horas, e um showcooking com Tiago Ribeiro, às 17h30.
O espetáculo da Banda DFB está marcado para as 22h30, seguindo-se a atuação do DJ Johnny Q.
No próximo fim de semana, Montemor-o-Novo volta a acolher o Festival Terras sem Sombra, contando com três momentos distintos.
Em conversa com a RNA, José António Falcão, presidente da direção do Festival das Terras Sem Sombra, referiu que “o Festival Terras Sem Sombra, nasceu como projeto cultural da sociedade civil no Alentejo em 2003, é na realidade mais do que um festival uma verdadeira temporada musical do Alentejo, hoje está presente de forma itinerante nos quatro distritos da nossa região e tem uma abrangência territorial bastante vasta, na medida em que ano após ano ele visita praticamente todos os concelhos do Alentejo, são muito poucos aqueles que ainda não tenham recebido este festival, normalmente temos em cada ano a possibilidade de chegar a 25 ou 30 localidades diferentes”.
“O Festival tem uma particularidade, ele visa trazer a grande música clássica, a música Erudita a locais que estão um pouco distantes das principais rotas e itinerários culturais e artísticos do país e mesmo da Europa, no fundo é um serviço público de descentralização da música aproveitando também, para dar a conhecer o que há de mais interessante nos nossos territórios, quer nos urbanos, quer nos rurais, já que este é um festival que habitualmente realiza os seus concertos em monumentos, também noutros locais públicos, curiosamente em equipamentos industriais, naturalmente quando são peças de arquitetura ou peças de património relevantes e também em sítios arqueológicos”, sublinhou.
“O Festival Conta com outros dois pilares um muito vocacionado para o património cultural, seja o património cultural material ou imaterial, e portanto, procuramos revelar também algo que não seja muito conhecido ou mesmo que seja pouco apetecível do ponto de vista patrimonial e temos ainda um terceiro pilar que é aquele que se prende com a salvaguarda da biodiversidade e que procura no fundo chamar a atenção para a excelência e para a diversidade do património natural do Alentejo”, rematou.
No que concerne ao momento dedicado à Música, a noite de 2 de Novembro pelas 21.30 horas tem como palco um monumento de referência da arquitectura alentejana. A vasta igreja do convento de São Domingos apresenta-se revestida por um notável conjunto de azulejaria de padrão do século XVII, apresentando oito capelas laterais. Este monumento, recuperado pelo Grupo dos Amigos de Montemor-o-Novo, proprietário do convento, acolhe o concerto “Coplas Errantes: Leste e Oeste na Música Para Guitarra”, entregue à mestria do ensemble espanhol EntreQuatre, nas quatro guitarras de Seila González, Manuel Paz, Jesús Prieto e Carmen Cuello. Acordes que não ficam órfãos de uma das grandes vozes do país vizinho. María Berasarte, natural de San Sebastián, descrita como a “voz nua”, por se despojar de artifícios e adornos, enceta no serão montemorense um caminho musical entre Espanha e Portugal. Um elenco em palco que se completa com a flautista espanhola Mapi Hernández e que percorre peças musicais de excepcionais compositores do século XX e XXI, entre eles o cubano Flores Chaviano, também maestro e exímio intérprete de guitarra, José Peixoto, português, guitarrista de formação clássica, e Alberto Hemsi, nascido na Turquia, compositor da era clássica do século XX.
A tarde do Sábado, 2 de Novembro às 15.00 horas, convida a alongar o olhar para além da sede de concelho e a enveredar por caminhos patrimoniais, numa iniciativa sob o título “Nas Elevações e Plainos de Montemor: a Freguesia de São Cristóvão”.
Com ponto de encontro na Junta de Freguesia de São Cristóvão, a actividade guiada por Manuela Mendonça (natural da localidade, professora da Universidade de Lisboa e presidente da Academia Portuguesa da História), convida a uma viagem no tempo, às origens desta freguesia, ainda na Idade Média, quando nasceu como uma pequena povoação rural. A aldeia, fiel à sua identidade, rodeada de montados de sobro e olivais, casario alvo, debruado a barras coloridas, preserva com assinalável esmero a igreja paroquial, onde pontifica a imagem do santo padroeiro. Sobressaem aqui a simplicidade e beleza da arquitectura religiosa alentejana, complemento da arte tradicional que marca outros edifícios da terra, de marcado carácter vernáculo.
Uma freguesia que sobressai no contexto do património do megalitismo norte-alentejano, com o importante Conjunto Megalítico do Tojal (cromeleque com 17 menires de granito, um grande menir in situ, um conjunto de sete sepulturas megalíticas e um povoado do calcolítico). Também a realçar, as pontes e as fontes do lugar, sem que lhe falte um vasto património natural. José Saramago, Prémio Nobel da Literatura em 1998, é outra referência da freguesia, pois escreveu aqui alguns capítulos do famoso romance Levantados do Chão.
A manhã de 3 de Novembro, Domingo (9h30), reserva uma acção de Salvaguarda da Biodiversidade, num contexto singular, ao território entremuros de uma fortificação. Sob o tema “De Território Urbano a Zona Agricultada e Espaço de Lazer: O Castelo de Montemor-o-Novo”, e com ponto de encontro no Castelo, a actividade guiada por António Mira (professor catedrático da Escola de Ciências e Tecnologia da Universidade de Évora) leva os participantes a adentrarem num edificado com posição dominante sobre o outeiro mais alto da região.
O castelo de Montemor-o-Novo, estrutura que abrange as muralhas e os imóveis que se encontram dentro delas, classificado como monumento nacional desde 1951, tem origens que remontam à ocupação romana e foi reforçado durante a época islâmica. Antigo bastião militar, viria a perder relevância no século XVI.
Já teve início a 23.ª Mostra Gastronómica, o 15.º Festival da Empada e a tradicional Feira do Tapete de Arraiolos. O evento que é organizado pela Câmara Municipal de Arraiolos, decorre no espaço Arraiolos Multiusos até ao próximo domingo.
A gastronomia e a cultura da região, estão em destaque oferecendo uma experiência completa com pratos típicos e a possibilidade de conhecer o famoso tapete de Arraiolos.
Este ano o evento passou de dez para cinco dias, a pedido da maioria dos expositores. Sílvia Pinto, presidente da Câmara Municipal de Arraiolos, na altura da inauguração referiu que “esta é uma edição experimental, no final faremos uma avaliação e no próximo ano veremos se continuará esta versão de cinco dias ou de dez dias, de qualquer forma, estamos a apostar em atividades continuas ao longo de todos os dias, para quem nos visita entre aqui ao meio dia e tenha sempre alguma coisa para ver e para fazer até pela noite dentro”.
Este certame “é um encontro de Arraiolos, de produtores e produtos de Arraiolos, o objetivo não é só promover o desenvolvimento económico ao longo destes cinco dias, mas sim ao longo de todo o ano”, acrescentou.
O turismo disparou no concelho de Arraiolos, a autarca local salientou que “é com agrado que recebemos esta informação que aumentou o número de dormidas, nós vamos falando com os alojamentos e vamos percebendo que as coisas estão a funcionar bem, mas também porque encontramos muitas pessoas a visitar Arraiolos, muitas pessoas a visitar o Centro Interpretativo, a igreja da Misericórdia, e portanto conseguimos perceber que há realmente este fluxo de turismo em Arraiolos. Esta iniciativa e outras que vamos fazendo ao longo do ano também são um motor para que traga mais pessoas ao concelho”.
José Manuel Santos, presidente da Entidade Regional de Turismo do Alentejo e Ribatejo também marcou presença na inauguração da Mostra Gastronómica de Arraiolos, onde referiu que “o Alentejo está a crescer e há concelhos que crescem mais que outros, Arraiolos de facto tem consolidado nos últimos dez anos uma oferta muito diversificada, uma oferta de baixa escala. Com exceção da Pousada de Arraiolos não há um empreendimento turístico de média dimensão, mas há uma rede de alojamentos de muita qualidade. Arraiolos teve em 2023 cerca de 25 mil dormidas, já está no final de agosto com mais 18 mil, por isso é que está a crescer 6.8% comparativamente ao mesmo período do ano anterior. Tem produtos de qualidade, tem alojamentos de qualidade, tem enoturismos de qualidade e tem depois esta relação com os produtos autóctones, a empada, o paste de toucinho, o tapete de Arraiolos. É um concelho que ainda muito próximo de Évora não vive à sombra de Évora, tem uma identidade própria e tem afirmado uma proposta de valor muito consolidada que dentro da dimensão da oferta que tem atrai muitos turistas”.