Salão Central Eborense está de volta

Sábado, dia 14 de setembro de 2024 é um dia que fica para a história da cultura em Évora. A inauguração do Salão Central Eborense, após a reabilitação total promovida pela Câmara Municipal, juntou várias centenas de pessoas que quiseram assistir à abertura de portas deste emblemático edifício que esteve encerrado nas últimas décadas.

Foi um dia de festa em que os visitantes puderam conhecer, de forma livre, o renovado edifício construído, originalmente, em 1916.

A música dos SevenDixie, de Ze Peps, de Bia do Mar e dos ÁTOA, acompanhados pelo Grupo Académico Seistetos, o cante do Grupo de Cantares de Évora, a instalação/performance XESY, por Luís Luz e Filipe Rebelo, e uma intervenção vídeo por João Bacelar, deram corpo ao dia que assinalou a “devolução do Salão Central aos eborenses”, como fez questão de enfatizar o Presidente da Câmara de Évora, Carlos Pinto de Sá, durante a cerimónia de inauguração que contou com a presença de muitos eleitos, entidades e personalidades do concelho.

O autarca destacou a versatilidade deste equipamento cultural que, para além do acolhimento de espetáculos, servirá também para receber conferências, encontros e, até, iniciativas de carater desportivo. Para além de um auditório com uma bancada retrátil com capacidade para quase 200 lugares sentados e cerca de 400 em pé, o Salão Central conta com uma sala estúdio, um bibliocafé e uma galeria de exposições onde pode ser visitada uma exposição fotográfica retrospetiva da história deste edifício.

Recorde-se que a Câmara Municipal requalificou totalmente o espaço situado no Pátio do Salema, após a conclusão das obras que representaram um investimento superior a três milhões de euros, com 70% do financiamento assegurado por fundos europeus.

O Salão Central torna-se, agora, num moderno equipamento multiusos que será peça fundamental em 2027, aquando da celebração, em Évora, da Évora 2027 – Capital Europeia da Cultura.

Em termos históricos, o edifício foi mandado construir em 1916, pelo empresário José Augusto Anes, como espaço de cultura e variedades e, ao longo dos anos, ‘passou pelas mãos’ de diversos proprietários, sempre com a predominância da exibição de cinema.

Com o passar do tempo a afluência de público diminuiu, levando ao seu encerramento definitivo no final dos anos 80, tendo a câmara municipal adquirido o imóvel em 1996.