Iniciada a 8 de julho passado, esta intervenção está a ser desenvolvida por técnicos do Município e foi decidida como medida preventiva de antecipação ao projeto de arquitetura que deverá constituir a base da futura obra de reabilitação de todo o edifício. Pretende-se desta forma antecipar a existência de eventuais estruturas ou vestígios arqueológicos que possam vir a interferir com os trabalhos que será necessário executar. Neste sentido foram selecionados quatro locais estratégicos que têm estado a permitir uma análise cuidada dos métodos construtivos do edifício, e por consequência determinar um cálculo mais detalhado sobre o tipo de intervenção estrutural que o mesmo necessita.
As sondagens abertas até ao momento permitiram identificar estruturas medievais associadas às antigas habitações que existiam neste espaço, anteriores à construção do mosteiro. Os materiais arqueológicos descobertos, identificados com origem no período compreendido entre os séculos XV e XIX, irão agora possibilitar a compreensão, de forma mais clara, a evolução deste edifício ao longo do tempo.
O Mosteiro de Santa Clara revela-se como uma das estruturas monásticas mais antigas da cidade de Évora, e que apesar das inúmeras adulterações que foi sofrendo, conserva ainda a sua volumetria e área de ocupação. Após a extinção da comunidade religiosa em 1903, o edifício foi ocupado por diferentes entidades até à década de 1950 momento em que foi convertido em escola.
A obra de reabilitação que a Câmara Municipal de Évora está a preparar enquadra-se no “Programa Municipal de Conservação/Beneficiação do Parque Escolar”, com recurso a financiamento no âmbito do programa comunitário “Portugal 2030”.