A FACECO – Feira das Atividades Culturais e Económicas do Concelho de Odemira, foi inaugurada esta tarde. A cerimónia contou com a presença de Helder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, Dário Guerreiro, presidente da Junta de Freguesia de S. Teotónio, freguesia onde está a decorrer a feira, João Moura, Secretário de Estado da Agricultura entre outras entidades.
Hélder Guerreiro proferiu algumas palavras direcionadas ao Secretário de Estado, no que se refere ao que já foi feito em torno de um dos problemas que é a água. A “assinatura de um pacto da água que juntou a Câmara Municipal de Odemira, as águas do Alentejo e a Associação de Beneficiários do Mira, num pacto que queríamos e conseguimos que fosse junto, foi muito importante este diálogo construtivo num momento muito critico, no pior momento para podermos chegar a acordo foi quando conseguimos fazê-lo. No momento de extrema escassez de água, de extrema dificuldade fomos todos capazes de chegar a acordo relativamente a um conjunto de questões”, referiu o autarca.
“Chegámos a acordo sobre os investimentos a realizar nomeadamente os investimentos na eficiência do sistema e também na diminuição do risco do abastecimento público que era importante fazer a ligação direta entre Santa Clara e uma ETA em S. Teotónio para que o abastecimento público ficasse salvaguardado e desligado dos canais de rega de maneira a que a previsibilidade do risco diminuísse, sobre novas fontes de água que eram preciso estudar e chegámos a acordo também sobre o que era importante monitorizar as entradas de água e as saídas de água das albufeiras de Santa Clara”, salientou.
“A agricultura não pode ser isolada do território, isolar a agricultura é negar o seu impacto social, ambiental, paisagístico no território. A agricultura não é só a produção de alimentos é muito mais que isso, é cultura, as nossas gentes, as nossas tradições, agricultura faz parte do território, se nós isolarmos a agricultura estamos a reduzi-la, portanto aquilo que lhe peço, Sr. Secretário de Estado é que olhemos para a agricultura como uma atividade económica que tem de facto impactos no território e sobre eles é importante termos em conta que de facto a agricultura no concelho de Odemira produz trezentos milhões de euros por ano de riqueza de contributo para a balança nacional de exportações”, acrescentou.
“Odemira não pode deixar ficar-se, ficar sozinha no enfrentar deste desafio que temos tentado de tudo para que as coisas possam correr pelo melhor. É nestes desafios que precisamos de um governo que olhe para Odemira de forma realista e Odemira precisa de aprovação da sua candidatura ao PRR, cerca de 15 milhões de euros para a habitação, é uma candidatura que foi feita dentro do prazo, dentro do aviso, que procura responder aquilo que são as necessidades de primeiro direito”, rematou Hélder Guerreiro.
No seu discurso o Secretário de Estado da Agricultura deu especial destaque às atividades do mundo rural. “As atividades agrícolas e aquilo que são as espécies que têm uma relevância particular nesta exposição, as espécies animais mas também as espécies vegetais e este concelho de Odemira é um orgulho para Portugal, ter nesta região específica do território nacional, uma valência única de condições de clima de território, de proximidade ao mar que lhe dão uma faculdade de produção dos designados pequenos frutos, quero dar-vos os parabéns porque é nesta região que é dotada para a produção destes produto, em particular que contribuem de forma muito significativa para o desequilíbrio da nossa balança comercial para as exportações portuguesas”, salientou.
“Esta face da moeda trás consigo algumas questões, alguns encargos, algumas adversidades que são necessárias e urgentes corrigir da parte do município, da autarquia, da junta de freguesia mas principalmente do governo, e por isso quero aqui dizer junto dos senhores autarcas e dos munícipes deste magnifico concelho, o maior concelho do país que ouvissem com muita atenção os recados que foram aqui deixando e as recomendações que me foram fazendo e devo dizer-vos que é um lema deste governo de Portugal, liderado por Luís Montenegro que lançou uma campanha a propósito daquilo que é um dos temas principais do país que é a água, que é importante para a agricultura mas não só, que é importante para agricultura mas não só, que é importante para aquilo que é o principal desafio das alterações climáticas do nosso país”, referiu.
João Moura terminou o seu discurso referindo que não foi por acaso que Luís Montenegro “decidiu designar esse programa como a água que nos une e sendo este o lema decidiu implementar ao nível nacional deste tema, eu quero aqui dizer ao Sr. presidente da Câmara que o pacto da água que foi celebrado no concelho de Odemira não será a água que nos vai desunir antes pelo contrário […] eu pessoalmente darei o meu empenho para que todas as matérias sejam a criar algumas adversidades a que este projeto tratarei isso no envolvimento pessoal”.