Tudo aponta para que, passados nove anos, as Festas do Povo de Campo Maior voltem a ser uma realidade, já em 2024. E há muita gente com vontade de trabalhar para que as festas de realizem. Resta saber se são as suficientes, dada a envergadura do evento.
Por enquanto, a realização deste, que é o maior ex-líbris festivo do concelho de Campo Maior e um dos maiores de toda a região, ainda não foi oficializada, mas segundo o presidente da Câmara de Campo Maior, Luís Rosinha, pode vir a anunciar-se ao mundo, “a curto prazo”, que a decisão de todos os campomaiorenses é a de dar um passo em frente.
Rosinha defende a organização do evento, independentemente do número de ruas que possam vir a ser engalanadas, destacando-se, por outro lado, “a qualidade” do trabalho a que os campomaiorenses já habituaram todos aqueles que, por ocasião das festas, passam pela vila.
Nesse sentido, diz o autarca, devia olhar-se mais para as “oportunidades” do que para as dificuldades e os “contratempos”. “Cada ano que deixarmos passar, vai ser mais difícil”, garante, considerando que, é altura de se voltar “a mostrar ao mundo” por que motivos as festas foram classificadas como Património Cultural Imaterial da Humanidade.
Sentindo a obrigação de não deixar morrer as suas tradições, há, na verdade, muitos campomaiorenses a defender a realização das festas já no próximo ano.
“Acho que as festas não podem acabar”, diz uma campomaiorense, que espera que o evento seja retomado já no próximo ano. “Eu quero festas, mesmo de coração. Darei sempre o meu melhor. Para mim, se não houver, é uma desilusão”, refere outra habitante da vila. “O que mais nos identifica são as festas. Se deixarmos cair isto, deixamos cair tudo”, assegura ainda.
As últimas Festas do Povo realizaram-se em 2015. O evento resulta do esforço e da dedicação das gentes de Campo Maior, de meses de muita luta e trabalho: tudo, para que, da noite para o dia, as ruas da vila surjam floridas, com os trabalhos de decoração feitos, sobretudo, através das famosas flores de papel.