A exposição “Irmãs Flores, 50 anos em 50 Bonecos”, é inaugurada este sábado, dia 17 de junho, na Galeria D. Dinis, em Estremoz.
A inauguração da mostra que estará patente até dia 2 de setembro, está marcada para as 18 horas.
Após a sua antestreia em Montemor-o-Novo, em setembro de 2022, “Nayola” exibe-se no dia 24 de junho, numa sessão especial, a decorrer pelas 18 horas, no Cineteatro Curvo Semedo, contando com a presença do realizador José Miguel Ribeiro e do argumentista Virgílio Almeida, para uma conversa aberta com o público presente.
A narrativa desta longa-metragem decorre entre 1995 e 2011, compreendendo a fase final da guerra civil angolana e os primeiros anos de paz no país. A história acompanha três gerações de mulheres flageladas pela guerra: Lelena (a avó), Nayola (a filha) e Luana (a neta). O realizador trabalhou neste filme durante cinco anos e viajou duas vezes até Angola para conhecer melhor a história e cultura do país. As personagens e cenários, com cores fortes e pinceladas texturadas, inspiram-se nas máscaras africanas e na arte contemporânea de autores africanos. A banda sonora do filme, parte fundamental da narrativa, foi minuciosamente pensada e trabalhada por músicos angolanos como David Zé, Mário Rui Silva e Bonga. O resultado é uma “aventura épica” de animação, onde os efeitos visuais coloridos e alegres contam uma história dramática de luta e resiliência.
Inspirado na peça ‘A Caixa Preta’ de Mia Couto e José Eduardo Agualusa, durante o último ano o filme percorreu o mundo com seleções oficiais em mais de 40 festivais internacionais (abriu a 42ª edição do Festival Internacional de Cinema de Animação, em Bruxelas, em fevereiro, e abriu na Holanda o Festival Kaboom, no mês de março) recebeu várias distinções como: Melhor Longa Metragem de Animação no Festival Internacional de Guadalajara no México, Melhor Longa Metragem no Anim’est na Roménia, Melhor Longa Metragem no Manchester Animated Film Festival no Reino Unido, Melhor Longa Metragem na 46ª Mostra internacional de cinema de São Paulo e ainda Melhor Longa Metragem nos Prémios Quirino de Animação Ibero Americana, num total de 16 prémios um pouco por todo o mundo. Conjugando a animação 2D e 3D, Nayola, valeu a José Miguel Ribeiro a nomeação de ‘Realizador do Ano’ nos Cartoon Movie® 2023.
O II Festival de Fado de Estremoz, por onde já passou Mariza e por ainda vai passar Sara Correia, no próximo dia 24, conta, na tarde deste sábado, 17 de junho, a partir das 15 horas, com um espetáculo dedicado aos fadistas amadores da região, no Teatro Bernardim Ribeiro.
Ao todo, segundo revela o diretor artístico do evento, José Gonçalez, são 12 os fadistas a participar nesta iniciativa, acompanhados pelos músicos profissionais do festival. Com a perspetiva de que se possam descobrir novos talentos, o também fadista explica que a ideia de, este ano, se organizar este espetáculo, surge do interesse demonstrado por muita gente, no decorrer da primeira edição do festival, em querer cantar.
“O Alentejo é uma região onde há muitos fadistas e muita gente que gosta de fado. No ano passado, apercebemo-nos, durante a tal edição de estreia e de experiência, que em quase todas as freguesias, chegavam pessoas, amigos e amigas, que perguntavam se podiam cantar também”, revela José Gonçalez. Foi a partir daí que decidiram “criar uma própria, só para quem se quisesse inscrever”. As inscrições para esta tarde de fado foram “completadas num dia”.
Também este sábado, a partir das 20 horas, o fadista Pedro Calado atua no terreiro da Igreja de São Bento do Cortiço.
Este é apenas um dos muitos espetáculos que, desde o início do festival, decorrem nas freguesias do concelho de Estremoz. O objetivo, garante José Gonçalez, é descentralizar a arte e a cultura.
No dia 23 de junho, na envolvente da Junta de Freguesia de Evoramonte, às 21 horas, atua Miguel Moura. No dia seguinte, na Praça de Touros de Estremoz, pelas 21 horas, é José Leal quem apresenta o seu espetáculo, antes de Sara Correia (22 horas). A 30 de junho, Maritina atua na envolvente da Junta de Freguesia de São Domingos, pelas 20 horas.
Os espetáculos deste II Festival de Fado de Estremoz, nas freguesias rurais, têm à guitarra José Manuel Neto, José Geadas, Miguel Ramos e Bernardo Saldanha e festa popular associada. A entrada é gratuita.
A programação deste festival de fado termina a 1 de julho, com a gravação do programa da RTP “Em Casa d’Amália”, apresentado por José Gonçalez, sendo a primeira parte do espetáculo realizada pelo fadista Silvino Sardo. Participam ainda Paulo de Carvalho, Ricardo Ribeiro, FF, Jorge Fernando e José Manuel Neto.
O cineteatro Curvo Semedo, em Montemor-o-Novo, volta este sábado, 17 de junho, a ser palco de mais uma Noite Nacional de Folclore, organizada pelo Rancho Folclórico e Etnográfico Montemorense.
O evento, que é já “uma tradição”, conta com a participação de quatro grupos convidados, de “diferentes regiões do país”, revela o presidente da direção do rancho de Montemor, Luís Henriques.
Participam no evento, para além do Rancho Folclórico e Etnográfico Montemorense, o Rancho Folclórico do Calvário (Algarve), o Rancho Folclórico Recreativo “Os Ceifeiros de Liteiros” (Alto Ribatejo), o Rancho Folclórico do Centro Beira Mondego de Santo Varão (Beira Litoral) e o Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja (Ribatejo).
Lembrando que os ranchos folclóricos não são apenas grupos de dança e canto, Luís Henriques garante que, no caso do Rancho Montemorense, que assinala este ano o seu 38º aniversário, tem-se procurado “sempre preservar todas as tradições” deixadas pelos antepassados. “Preservar o nosso passado é conservar também o nosso presente e o nosso futuro, porque só conseguimos perceber o nosso futuro se conseguirmos entender o nosso passado e é isso que o Rancho Folclórico e Etnográfico Montemorense tem vindo a tentar fazer, aos longo destes anos de atividade”, acrescenta.
Garantindo ainda que os ranchos folclóricos e etnográficos continuam sem ver o seu valor reconhecido, Luís Henriques adianta que, no caso de Montemor-o-Novo, tem-se, mesmo assim, conseguido cativar os jovens, uma tarefa que nem sempre se revela fácil. “O nosso grupo é constituído essencialmente por gente ainda relativamente jovem e temos conseguido cativar essas pessoas. Fácil não é, mas depois de perceberem a responsabilidade e aquilo que estão a representar e a defender, torna-se um trabalho muito mais facilitado”, remata.
O início desta Noite Nacional de Folclore no cineteatro Curvo Semedo está marcado para as 21h30. As entradas são gratuitas.
Os 358 anos da Batalha de Montes Claros assinalam-se este sábado, 17 de junho.
Para tal o município preparou uma cerimónia de evocação desta batalha, travada em solo borbense, que terá início às 11 horas, junto ao padrão de Montes Claros.
Para além desta cerimónia e inseridos nas comemorações decorrem várias atividades no concelho de Borba, e nos dias 17 e 18 de junho, a “Recriação histórica-Montes Claros 1665”.
Espaços da cidade de Montemor-o-Novo, como o auditório do Parque Urbano, bem como casas de banho públicas, mobiliário urbano e publicitário, foram vandalizados, nos últimos dias.
Assegurando que estes atos de vandalismo são recorrentes, ao longo do ano, o vereador na Câmara de Montemor, António Pinto Xavier, que condena o “desrespeito pelas normas sociais e pelo bem comum”, explica que estes delitos mais recentes estão relacionados com dois grupos de jovens. “Não há compreensão de que aquilo que estão a destruir também é deles, na medida em que, sendo património municipal, é de todos os munícipes, e parece-me que é tempo de agirmos”, garante.
Através das escolas e associações, António Pinto Xavier espera que se consiga “educar e consciencializar” os mais novos para a importância do património ser preservado. Para combater o problema, o vereador considera que a videovigilância pode vir a ser uma solução, porque a educação e a consciencialização, só por si, “não chegam”.
“Estes atos de vandalismo acabam sempre por resultar em medo e insegurança para quem frequenta estes espaços”, garante António Pinto Xavier. E é nesse sentido que, à semelhança do que já tinha alertado em 2021, considera que é urgente retomar a atividade dos guardas-noturnos.
“Temos também de discutir, publicamente, a hipótese de instalar algumas câmaras de videovigilância, em alguns espaços específicos. Sabemos que temos de atender a todas as regras relativas à proteção de dados, mas quando estas situações acontecem, recorrentemente, isto é uma dano, não só financeiro para o município, mas também social para a nossa comunidade”, acrescenta.
“Esta situação tem de ser travada, tem de ser invertida e não podemos ficar de mãos nos bolsos”, remata.
Imagens: Facebook – António Pinto Xavier