A Cercimor tem vindo, ao longo dos tempos, a fazer uma forte aposta nos cursos de formação profissional, sempre com o objetivo de facilitar o processo de integração no mercado de trabalho de pessoas que possam ter algumas limitações.
Nesse sentido, a mais recente oferta da instituição montemorense é um curso de empregado de mesa, que, como explica a presidente da Cercimor, Ana Cristina Saloio, é uma formação com dupla certificação: “também dá a possibilidade da pessoa, ao frequentar este curso, ter um nível de escolaridade superior ao que possa ter, ao nível do terceiro ciclo”.
“A pessoa não passa apenas por um processo de formação profissional, mas sim ao nível académico e, para nós, isso é uma mais-valia, porque, realmente, nem todas as pessoas têm as habilitações académicas dentro da escolaridade obrigatória”, adianta.
Ana Cristina Saloio explica que a aposta nesta área se prende, por um lado, com os pedidos e as necessidades dos próprios empresários da região, e, por outro, por se considerar importante que as pessoas possam ter outras oportunidades, “de outra forma”. “Uma pessoa que possa ir trabalhar como auxiliar numa quinta pode precisar de ter um determinado nível para, por exemplo, conseguir tirar a carta de condução”, lembra.
Ao longo dos anos, a sensibilidade dos próprios empresáios para integrar pessoas com deficiência no mercado de trabalho, garante a responsável, alterou-se, pelo que a instituição continua sempre a tentar “transformar dificuldades em oportunidades. Atualmente, revela ainda a presidente da instituição, a Cercimor está a trabalhar com mais de 60 empresas, com vários utentes a integrarem o mercado de trabalho.
Este curso é o primeiro de dupla certificação promovido pela Cercimor, destinando-se a pessoas que não concluíram o terceiro ciclo; que estão desempregadas e inscritas no Centro de Emprego; ou que tenham alguma incapacidade, ao nível da aprendizagem.