De sexta a domingo, de 23 a 25 de setembro, Montemor-o-Novo viveu de forma intensa as três apresentações de “Lúmen”, de Rui Horta, um projeto que surgiu no ano de saída do coreógrafo da função de diretor artístico d’O Espaço do Tempo, após 22 anos em Montemor.

Em palco, o Rui Horta decidiu celebrar a sua estreita relação com a comunidade através de uma criação multidisciplinar, que integrou várias dezenas de montemorenses, bem como outros habitantes da cidade e da região.

Lúmen prova que “leve é a tarefa, quando muitos dividem o trabalho” e esta grande produção foi construída por muitos, num trabalho intenso que uniu profissionais e amadores, pela paixão de fazer algo que marca um momento de fim de ciclo. Rui Horta foi ao detalhe e puxou pelo melhor de todos. “O resultado foi um espetáculo inesquecível, com uma mensagem forte, que combina dança, música e palavra. No final, ficamos com a certeza que “mais cedo ou mais tarde o vento voltará a soprar”. Todos os participantes estão de parabéns”, diz o Município de Montemor-o-Novo.

Após o espetáculo de sábado, o presidente da Câmara Municipal de Montemor-o-Novo, Olímpio Galvão e o vereador da Cultura e Arte, Henrique Lopes, subiram ao palco para também o Município homenagear Rui Horta, “um Homem e Artista que pisou e habitou no nosso chão e que, quer pela sua notável carreira enquanto coreógrafo quer pelo seu papel enquanto diretor artístico do Espaço do Tempo contribuiu local, regional, nacional e internacionalmente, de forma notória, para o engrandecimento e a dignificação do nome do Município, enquanto território de cultura e arte”.

A homenagem passou pela entrega a Rui Horta, após aprovação por unanimidade em Reunião de Câmara Municipal de 21 de setembro de 2022, da “Medalha de Mérito Municipal”. “É deste modo que Montemor-o-Novo agradece e reconhece o valioso trabalho de Rui Horta, em mais de duas décadas, para e com a nossa comunidade! Obrigado Rui Horta!”, diz ainda a autarquia, em nota de imprensa.

Fonte: Município de Montemor-o-Novo

O Município de Montemor-o-Novo deu início, neste mês de setembro, à primeira fase do “Estendal”, um projeto de arte urbana em lavadouros públicos.

A água é o tema escolhido para servir de mote a este projeto, sujeito a diferentes interpretações, consoante a leitura feita por cada um dos cinco artistas envolvidos. São, assim, esperados estilos e formas de representações muito diversos, entre o figurativo, o gráfico, o realismo e o surrealismo.

Entre 12 e 22 de setembro, sujeito a algumas limitações e interrupções, devido a fatores meteorológicos, Gonçalo Ribeiro, conhecido no panorama da arte urbana como GonçaloMAR, deu início ao projeto e concretizou a primeira intervenção. O lavadouro público da Casa Branca, na freguesia de Santiago do Escoural, ganhou cor e vida através da sua arte e, principalmente, graças aos elementos mais caraterísticos do artista, os peixes antropomórficos presentes num grande número dos seus trabalhos. Esses peixes, apelidados de “turistas” pelo próprio artista, chegam a Casa Branca numa corrente, não de água, mas de coloridos lençóis estendidos ao sol.

Quanto a esta opção criativa, GonçaloMAR justifica: “procuro criar, assente num discurso surrealista, uma ligação espontânea entre o espectador e a peça em si como um todo. Consigo isso ao “cobrir” com lençóis coloridos, embalados pelas ondas do vento, onde habitam personagens únicas que nos remetem à agua e à sua ligação como os humanos”.

Neste momento, já está a decorrer a intervenção num segundo lavadouro, localizado na vila de Santiago do Escoural, com a artistas Mariana Duarte Santos.

Fonte: Município de Montemor-o-Novo