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O Município de Odemira está a concretizar a Estratégia Local de Habitação através da construção, aquisição e reabilitação de imóveis, num investimento municipal global na ordem dos 25 milhões de euros, valor candidatado a financiamento ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência. Com a atribuição de casas ao abrigo do 1º Direito, em regime de arrendamento apoiado e de arrendamento acessível, o objetivo do Município é garantir o acesso generalizado à habitação a toda a população.
À Rádio Nova Antena, Hélder Guerreiro, presidente da Câmara Municipal de Odemira, adiantou que “começámos por uma fase inicial, julgámos que era muito importante, nomeadamente o património municipal e mesmo do Estado Central que estava devoluto ou com outros tipos de utilizações que não habitação e eram, na verdade, benefícios propícios à habitação e esse a Câmara Municipal, por si só, reajustando serviços ou em parceria com o Governo, fizemos a recuperação deste património para disponibilizar para a habitação e temos entregue já algumas casas, são essas que desde logo conseguimos fazer pequenas obras de adaptação, melhoria, recuperação e que fizemos uma entrega até bastante recentemente, a três jovens do nosso concelho que passaram a residir no interior, no parque central da Vila de Odemira em casas do ICNF que estavam completamente devolutas”.
“Estamos a recuperar quatro casas das infraestruturas de Portugal, que estavam também devolutas, em Amoreiras-Gare, e que servirão naturalmente para quatro novas famílias poderem residir naquela pequena localidade do nosso concelho. E muitas casas, cerca de uma dezena de casas que nós tínhamos mais ou menos ocupadas com serviços municipais foram libertas, digamos assim, e passaram a ser residências de um conjunto de famílias também no âmbito da estratégia local de habitação. Essa foi a grande primeira fase de investimento, foi reabilitar património existente, capaz para poder servir para a habitação”, sublinhou.
“Outra fase foi adquirir um conjunto de casas que de facto estavam sem ocupação, de pessoas que tinham as casas e que não lhes davam esse uso de condições de habitação. Algumas que estavam em boas condições foram colocadas desde logo no programa de arrendamento, no âmbito da estratégica local de habitação, e durante este tempo também projetávamos um conjunto bastante alargado de possibilidades para a habitação, onde destacaria claramente dois modelos, o modelo de casas num número significativo, nomeadamente a construção de uma banda de apartamentos em Odemira, com 16 fogos, uma banda de apartamentos em Vila Nova de Milfontes com 35 fogos e uma banda de cerca de dois apartamentos em São Luís, portanto, uma lógica de habitação em banda e com forte capacidade de ficar com a habitação disponível e, por outro lado, a utilização daquilo que são os nossos loteamentos municipais em várias localidades do concelho”, acrescentou.
Hélder Guerreiro, garante que “não é só o crescente número de migrantes, é a crescente população do concelho de Odemira, que tem crescido e muito nos últimos anos, e seguramente é à custa de muitas pessoas que decidiram vir para cá morar e é para essas que nós primeiro temos que dar resposta, ou seja, as pessoas que efetivamente quiserem aqui construir família e aqui quiserem trabalhar e viver, são para essas que de facto a estratégia local de habitação funciona e é para essas que nós estamos a trabalhar no sentido da resposta”.