Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes inaugurado em Vendas Novas (c/fotos)

Vendas Novas inaugurou esta quarta-feira o Centro Local de Apoio à Integração de Migrantes (CLAIM), em cerimónia oficial que contou com a presença do Secretário de Estado Adjunto da Presidência, Rui Armindo Freitas, do Presidente do Conselho Diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Pedro Gaspar, e do Presidente da Câmara Municipal, Valentino Salgado Cunha.

Este novo serviço é o primeiro do distrito de Évora e resulta de um protocolo de cooperação entre a Câmara Municipal e a AIMA, tendo como objetivo disponibilizar atendimento especializado para apoiar migrantes, promovendo a sua integração e acesso a direitos fundamentais. O CLAIM será um ponto de acolhimento, informação e encaminhamento para as diversas respostas locais e nacionais.

Valentino Salgado Cunha, presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, referiu à RNA que “este centro é bastante importante para nós, nós temos uma realidade migratória em vendas novas, em que já existe um elevado número de imigrantes, muitos dos quais não sabem falar português, não têm ainda níveis de integração que lhes permitam ter alguma vida autónoma. Sabemos que em muitos casos estão dependentes de outros migrantes que já cá estão há mais tempo e que por isso mesmo também podem ter aqui algumas situações de maior vulnerabilidade. Este é um ponto de atendimento público do município que faz articulação depois com outras entidades públicas e que assim pode dar uma resposta mais independente, mais imparcial, mais informada àquilo que são as necessidades destes imigrantes nos vários domínios que têm de lidar com o Estado ou com outros serviços que existam na nossa cidade e no nosso país”.

“Estamos ainda a ultimar algumas relações e algumas questões informáticas e técnicas com a AIMA (Agência para a Integração, Migrações e Asilo). A nossa expectativa é que em janeiro possa estar a funcionar já a 100% este CLAIM e ser esta resposta mais abrangente que nós queremos para os nossos imigrantes”, rematou o autarca de Vendas Novas.

O Presidente do Conselho Diretivo da Agência para a Integração, Migrações e Asilo (AIMA), Pedro Gaspar, salientou que “estes centros são uma resposta de proximidade em termos da população migrante residente nos concelhos. Eles visam um acompanhamento para aquilo que é talvez a matéria mais importante da política migratória, que vai ser de acompanhamento e de integração. Alguns dos centros também têm competências e capacidade para a realização administrativa, são matérias que depois a acordar nem todos são iguais, mas a grande estrutura dos CLAIMs é de facto uma lógica de apoio à política de integração e de acompanhamento de inserção do migrante na comunidade local. Esse é o propósito. E por isso temos uma rede que já ultrapassa uma centena, precisamente nessa perspetiva, uns com as autarquias, diretamente, outros com associações. Não há um modelo único, precisamente é aberto, o propósito final é de facto assegurar melhores respostas à integração da população migrante em Portugal”.

De acordo com o Instituto Nacional de Estatística (INE), a população de estrangeiros legais residentes no Concelho de Vendas Novas registou um aumento durante os últimos quatro anos de 164%, passando de 294 para 777 cidadãos. Este é um dado que evidencia a crescente relevância de serviços dedicados à inclusão social. Contudo, a ausência de dados sobre o número de estrangeiros em situação de permanência irregular sublinha a importância de iniciativas como esta, que fortalecem as respostas do território às necessidades da comunidade migrante.

O CLAIM de Vendas Novas funcionará em instalações municipais, junto ao Gabinete de Desenvolvimento Social, com o seguinte horário:

3.ªFeira, das 10h00 às 12h30

5.ªFeira, das 10h00 às 12h30

4.ª Feira, das 10h00 às 12h30 e das 14h00 às 16h30

Centro Empresarial de Borba abre portas à criação de emprego no concelho

O Município de Borba inaugurou esta quarta-feira, 18 de dezembro, o seu Centro Empresarial, onde já se encontram instaladas duas empresas em início de atividade. Situado no piso superior do edifício das Finanças, junto ao Mercado Municipal, este centro integra a incubadora de empresas da Câmara de Borba e disponibiliza cinco gabinetes individuais multifuncionais.

Para o presidente da Câmara de Borba, António Anselmo, as empresas têm naquele espaço “todas as condições” para iniciarem a sua atividade, com vista, no futuro, a criarem postos de trabalho no concelho. “Depois, e com os apoios todos que possam haver, do Instituto de Emprego, apoios privados, se consiga criar postos de trabalho em Borba. O importante é as pessoas perceberem que só há distribuição de riqueza quando houver produção de riqueza e quem cria riqueza, quer queiramos ou não, são as empresas”, começa por dizer o autarca.

“Quando em terras pequenas o maior empregador é a Câmara ou a Santa Casa, há qualquer coisa que não funciona bem. O que queremos é gente que invista, gente que crie condições de trabalho e que pague o justo”, adianta António Anselmo.   

Lembrando que este centro é um local temporário para as empresas, o autarca revela que os responsáveis das duas que já ali estão instaladas “gostaram do espaço”, onde encontraram todas as condições para a sua atividade: “têm aquecimento ou arrefecimento, consoante a altura do ano, têm internet, têm todas as condições”. Por outro lado, António Anselmo defende que, mais que Borba, é importante fixar população, através da criação de postos de trabalho, em todo o Alentejo.

Já José Alberto Oliveira, técnico do Município de Borba, responsável pelo centro empresarial, explica que as cinco salas destinadas às empresas podem ser adaptadas a espaços de Cowork: “se não houver empresas e houver uma procura em termos de pessoas que estejam deslocadas, como nómadas digitais, nós também podemos disponibilizar as salas”. O centro conta ainda com uma sala multifunções, que “permitirá fazer videoconferências, pequenas formações ou reuniões”, podendo ser utilizada, não só pelas empresas instaladas na incubadora, mas por todas aquelas que não tenham um espaço para o efeito.

“Queremos que estas empresas saiam daqui o mais depressa possível, isto é, que tenham apoio, que sejam criadas e, assim que possível, ganhem asas e criem emprego e riqueza”, diz ainda José Alberto Oliveira, que explica que o período de pré-incubação para as empresas é de seis meses. “Depois permitimos que haja um período de incubação de mais um ano”, remata.  

O Centro Empresarial de Borba, com o qual a Câmara Municipal pretende contribuir de forma mais direta para a promoção do empreendedorismo no processo de desenvolvimento de ideias de negócio e de empresas em fase de arranque, incentivando a criação e instalação de novas empresas e fomentando o emprego,  resulta de um  investimento de aproximadamente 190 mil euros, financiados pelo programa operacional Alentejo 2020, em 85%.