Campo Maior: especialistas procuram estratégias para evitar extinção da águia-caçadeira

Foi para encontrar possíveis estratégias, com vista a evitar-se a extinção da águia-caçadeira, que cerca de 30 especialistas se reuniram esta quarta-feira, 18 de janeiro, no Centro Cultural de Campo Maior, numa iniciativa promovida pelo projeto “Searas com Biodiversidade”, do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos, da Universidade do Porto.

Esta reunião, explica o responsável pela iniciativa, o professor João Paulo Silva, juntou “diferentes intervenientes que podem ter um papel importante na conservação” da espécie. “Vamos partilhar com peritos internacionais a sua experiência e identificar as medidas que podem ser implementadas, pensando muito numa lógica inicial de medidas de emergência e depois, também, em medidas de longo prazo”, adianta.

Apesar de assumir que Portugal já tem “alguma experiência” nesta área, João Paulo Silva não esconde que é importante “tirar proveito de equipas que já têm mais de 20 anos de experiência com a conservação desta espécie”.

Campo Maior e Elvas, em tempos, lembra ainda o investigador da Universidade do Porto, eram um “hotspot” para a espécie, a nível nacional, mas que, entretanto, desapareceram. Ainda assim, “continua a ser uma área com bastante potencial e que tem habitat, pelo que, pensando em eventuais medidas de reintrodução, é uma área importante”.

Desde que foi dado o alerta para o desaparecimento da espécie, em Portugal, várias as entidades, como o Instituto de Conservação da Natureza, a Liga para a Proteção da Natureza e a Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves têm promovido diferentes iniciativas para salvaguardar a água-caçadeira.