Quase 1500 professores chumbaram na prova de avaliação que permite o acesso à carreira docente de professores contratados, com menos de cinco anos de serviço.
Segundo os dados divulgados pelo Instituto de Avaliação Educativa (IAVE), num universo de 10.220 provas realizadas tiveram nota positiva 8.747 docentes, “o que corresponde a 85,6% do total de candidatos com provas classificadas”.
As provas foram classificadas numa escala de 0 a 100 pontos e só aprovaram no exame os candidatos que “tiveram nota igual ou superior a 50% da cotação total”, sendo que a média das notas se fixou nos 63,3 pontos.
Para além destes dados, o Instituto de Avaliação Educativa revela ainda que a maioria dos professores que realizaram a prova de avaliação docente escreveu um texto com erros ortográficos, de pontuação e de sintaxe.
A prova, para a qual se inscreveram 13.551 professores, foi realizada, em dois momentos, a 18 de dezembro do ano passado e a 22 de julho último, em 206 escolas, dentro e fora do país.
O exame, este ano apenas com componente comum, visou, nomeadamente, avaliar a capacidade de raciocínio lógico e crítico, bem como a capacidade de comunicação correta em língua portuguesa.
A prova, cuja realização foi marcada por protestos e uma greve de professores vigilantes do quadro, a 18 de dezembro, é contestada pela Federação Nacional dos Professores (Fenprof), maior estrutura sindical, afeta à CGTP, que a considera uma humilhação para os docentes.