(Actualizada) Os autarcas da região Alentejo estão preocupados com a possibilidade do encerramento de algumas repartições de Finanças. Recorde-se que a notícia foi avançada pelo Jornal Diário de Notícias, com um mapa onde mostra que 154 repartições de finanças podem fechar.
Os distritos alentejanos podem perder até 85.71% das repartições no caso de Beja, 78.57% de Évora e 73.33% de Portalegre.
No distrito de Évora, manter-se-ão Montemor-o-Novo, Évora e Estremoz, estando previsto o encerramento de Alandroal, Arraiolos, Borba, Mora, Mourão, Portel, Redondo, Reguengos de Monsaraz, Vila Viçosa, Vendas Novas e Viana do Alentejo.
Esta media terá um impacto negativo no concelho de Mora” segundo o Presidente da Autarquia Luís Simão de Matos, e espera que esta medida não se venha a concretizar.
A Rádio Nova Antena falou com José Figueira, Presidente da Câmara Municipal de Vendas Novas, que diz já tentar há alguns anos entrar ao contacto com o Governo para solicitar uma reunião tendo em vista este assunto mas tal nunca aconteceu e reforça que irão continuar a lutar contra esta medida.
O Vereador da C.M. Redondo José Portel, apela ao bom senso e diz que esta medida não terá o apoio da autarquia.
Para Bernardino Pinto, Presidente C.M Viana Alentejo este é mais um ataque aos mais necessitados, e segundo José Calixto, esta é uma medida absurda. Segundo o Presidente C.M. Reguengos de Monsaraz o interior do país entende cada vez mais que há cidadãos de segunda e cidadãos de primeira e diz ainda não saber para onde é que este Portugal vai.
No distrito de Portalegre ficariam apenas as Finanças de Elvas, Portalegre e Ponte Sor, sendo fechadas as repartições de Alter do Chão, Arronches, Avis, Campo Maior, Castelo de Vide, Crato, Fronteira, Gavião, Marvão, Monforte, Nisa e Sousel. No que diz respeito ao distrito de Portalegre, o encerramento dos serviços irá causar constrangimentos à população, confirmou Salvador Campo Maior o Presidente Distrital do Sindicato Trabalhadores dos Impostos.
Armando Varela na qualidade de presidente da Comunidade intermunicipal do Alto Alentejo, e presidente da autarquia de Sousel, referiu que não acreditar que a medida seja tomada nestes moldes. Miguel Rasquinho Presidente na Câmara Municipal de Monforte, refere que este é o cumprir de um plano para encerrar o interior do país.
A Presidente na Câmara Municipal de Arronches, Fermelinda Carvalho não acredita que o governo ponha em prática esta medida. Vítor Frutuoso Presidente na Câmara Municipal de Marvão, mostrou-se contra esta medida, referindo que vai ser mais um esvaziamento dos concelhos. Manuel Coelho presidente na Câmara Municipal de Avis, refere que esta é uma medida trágica, e que vai penalizar particularmente os habitantes do interior.