Lançamento do livro “Os Chocalhos e a sua relevância na vila das Alcáçovas” com casa cheia

lancamento_livro_chocalhosO Salão Nobre da Junta de Freguesia de Alcáçovas foi pequeno para o lançamento do livro de André Correia, “Os Chocalhos  e a sua relevância na vila das Alcáçovas” com a chancela da Esfera da Caos Editores, patrocinado pelo Município de Viana do Alentejo.
Perante uma plateia de familiares e amigos, o autor que adotou como sua a vila de Alcáçovas, onde habita desde 2003, agradeceu “a paciência, disponibilidade e o tempo perdido” dos mestres chocalheiros durante os 3 anos em que se dedicou ao ensaio e a quem, carinhosamente, apelida de “ amigos do ferro”.

E, a quem, André Correia garante que esta pequena homenagem feita no livro é mais que merecida. “Eles são os herdeiros de muitos chocalheiros que ao longo de centenas de anos mantiveram e dignificaram esta arte”, remata.
O livro teve apresentação do Prof. Fernando Casqueira que o considera “uma excelente obra” que coloca questões importantes e pertinentes sobre o chocalho como a sua origem, o processo de fabrico e os acessórios, os mestres chocalheiros, a quem apelida de “heróis”, e a comercialização destes artefactos. O professor classifica mesmo “o livro como uma dádiva, um ato de amor e de enorme afetividade, resultado de uma intenção generosa de partilha por parte do autor”.
Para o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Alentejo, Bernardino Bengalinha Pinto “é com agrado que a Autarquia se associa a este momento” sublinhando, igualmente, que ”se pretende que a nossa identidade cultural, neste caso, a arte chocalheira, seja valorizada, divulgada e que seja mais um elemento potenciador da nossa economia local”.
Já Francisco Abreu, responsável pela Esfera do Caos Editores, considera a obra “rigorosa e inspiradora”. Diz mesmo que o autor realizou um trabalho exaustivo na identificação das pessoas, os mestres chocalheiros, na caraterização das técnicas e dos próprios objetos. O mesmo responsável qualifica a obra como um “exercício de cidadania”, alertando para a necessidade de se preservar um artefacto e uma arte, reforçando a sua identidade cultural.