A leitura da sentença dos três homens de etnia cigana acusados de agressão de três militares da GNR está marcada para o dia 23 de maio, uma quinta-feira, às 12 horas, no Tribunal de Elvas.
Na tarde desta quarta-feira, dia15, tiveram lugar as alegações finais das partes.
O Ministério Público pediu a condenação dos arguidos tendo considerado a versão dos militares credível.
O Procurador considerou que as agressões, através do arremesso de objetos à cara das vítimas, foi perpetrado de forma intencional e que a pena a aplicar deve ter em consideração e agravada pelo facto de se tratar de agressão a forças da autoridade.
Por sua vez, o advogado de defesa dos arguidos, Augusto Murta, pediu a absolvição do arguido mais velho, por considerar que ficou provado, através do depoimento de uma testemunha, que o mesmo não praticou nenhuma agressão.
Quanto aos outros dois arguidos mais novos, o advogado pediu a aplicação da suspensão de execução de pena, advertindo que também eles foram vítimas de provocação, da sua própria ignorância e ingestão de bebidas alcoólicas.
Por último, Augusto Murta, pediu à juíza que faça justiça e decida uma sentença justa e não para agradar a determinadas classes profissionais, advertindo que não se faça deste caso um bode expiatório do desrespeito pelas autoridades no nosso país.
O caso ocorreu no passado dia 30 de março, na freguesia de Vila Boim, no concelho de Elvas.
Os guardas deslocaram-se à aldeia de Vila Boim na madrugada de 30 de março, na sequência de queixas de que um grupo de pessoas estava a ouvir música, proveniente de um automóvel, com o som muito alto.
Quando a patrulha chegou ao local o grupo de pessoas acabou por acatar a ordem, mas quando os militares abandonaram o local, voltaram a aumentar o som da música.
Mais tarde, os guardas regressaram ao local, tendo sido recebidos com o arremesso de paus e garrafas, o que provocou ferimentos nos três militares que tiveram de receber assistência médica.