O Interior Está em Risco de Desaparecer? Este é o tema do encontro marcado para hoje, às 17h, no Auditório Grande da Universidade de Évora, e que está inserido no ciclo de debates Presente no Futuro que a Fundação Francisco Manuel dos Santos (FFMS) está a realizar a nível nacional.
O interior está em risco de ficar totalmente despovoado? E despovoamento significa abandono? O interior resume-se a rostos envelhecidos e aldeias vazias? As cidades de pequena e média dimensão têm futuro? Como será a vida nas cidades e nos campos no futuro?
Estas são algumas das questões em cima da mesa num debate com Gonçalo Ribeiro Telles, arquiteto paisagista distinguido com o prémio Sir G. Jellicoe 2013, Maria João Valente Rosa, demógrafa e diretora da PORDATA, Maria Filomena Mendes, demógrafa, Rui Horta, coreógrafo, e Alexandre Kroner, estudante e designer. A moderação do debate está a cargo da Fernanda Freitas.
Este debate surge na sequência do Encontro Presente no Futuro que a FFMS organizou em Setembro e onde um estudo que projecta a população para 2030 revelava que, no cenário mais provável, daqui a 18 anos Portugal poderá ser um País com menos pessoas e mais envelhecido. O número de idosos poderá vir a ser o dobro do dos jovens e por cada idoso poderá haver apenas duas pessoas em idade ativa.
A tendência de despovoamento do País rural a favor das áreas urbanas e do litoral tem sido uma constante. Em contraste com esta tendência antiga, registam-se novos movimentos de população. Enquanto as Áreas Metropolitanas de Lisboa e Porto continuam a acolher jovens em busca de um futuro diferente, há muitos citadinos que tomam a iniciativa de regressar a uma vida diferente.