A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, que divulgou as previsões de desemprego para os seus 34 Estados-membros, calcula que a taxa tenha atingido 15,3% no segundo trimestre em Portugal e que chegue a 15,8% na recta final do ano.
De acordo com as estatísticas relativas ao segundo trimestre, Portugal é o país da OCDE com a terceira taxa mais alta, depois de Espanha e da Grécia. Este ano, a estimativa é de um agravamento da taxa para 15,4%, em linha com a previsão do Governo (15,5%). Para 2013, o Executivo aponta para um nível de desemprego de 16% da população activa, ligeiramente abaixo do que projecta a OCDE.
A organização enfatiza, no relatório agora divulgado, que a taxa de desemprego média dos 34 países rondará 8% no final do próximo ano. E que as perspectivas são mais desanimadoras para a zona euro, com especial ênfase nos níveis de desemprego dos jovens.
Enquanto no conjunto da OCDE o desemprego recuará, ainda que de forma ligeiro, já em 2013 (de 8% este ano para 7,9%), nos países da moeda única a taxa continuará a aumentar (de 10,11,1% para 11,1%).
A OCDE considera que as reformas laborais terão maior impacto no aumento do emprego e na colocação de trabalhadores em sectores mais produtivos se forem acompanhadas por outras reformas nos sectores que têm um forte potencial de criação de emprego, como o comércio a retalho e os serviços.